Amar é mudar a alma de casa,
é ter no outro, nosso pensamento.
Amar é ter coração que abrasa,
amar, é ter na vida um acalento.

Amar é ter alegria que extravasa,
amar é sentir-se no firmamento.
“Amar é mudar a alma de casa”,
é ter no outro, nosso pensamento.

Amar, é aquilo que embasa,
é ter comprometimento.
Amar é, voar sem asa,
e porque amar é acolhimento,
“amar é mudar a alma de casa”

Conhecido como “poeta das coisas simples”, Mario Quintana se tornou um dos maiores nomes da literatura brasileira sem usar palavras difíceis e nem versos complicados.

Diferente dos livros e filmes que se apegam às palpitações descompassadas do peito, Quintana focava mais nas sutilezas do cotidiano.

Embora muitos se emocionem com o amor arrebatador de Vinicius de Moraes, uma coisa é fato: o acolhimento de um sentimento tranquilo costuma durar mais do que uma paixão que rasga o peito.

Pensando nisso, amar é realmente mudar a alma da casa. Fazendo concessões, a gente acaba trocando um móvel aqui, e colocando um arranjo de flor ali

— mas a nossa construção permanece a mesma.

Em outras palavras, se relacionar exige desprendimento para sair da zona de conforto. Porém, para conseguir se lançar em direção ao outro, é essencial estar bem resolvido consigo mesmo.

Aliás, existe exemplo maior de egoísmo do que pensar que o amor está aqui apenas para preencher os nossos vazios?

Agora, quando dois inteiros se dispõem à transformação, a mágica acontece. — Valter Hugo

Mãe dizia que o amor constrói. Gostarmos de alguém, mesmo quando estamos parados, é como fazer prédios ou cozinhar para mesas de mil lugares.

Se você ainda não encontrou um amor que te permita “voar sem asa” , não troque sua essência para caber na gaiola. Agora, se a vida te presentear com uma “alegria que extravasa”, não hesite em “mudar a alma da casa”